Bem Vindos

Ser Educador não é só executar suas tarefas com excelência, é preciso ter a formação necessária para compreender o processo educativo. Pensando nisso o governo criou o curso Profuncionário, que é um programa que visa a formação dos funcionários das escolas públicas. Onde o profissional aprende com atividades teóricas e práticas a qualificar suas funções, oferecendo uma formação e contribuindo para uma nova identidade profissional. Essas atividades apresentam reflexões para construção crítica de conhecimentos e valores que ajudam para a construção da identidade dos funcionários da educação.

Os funcionários surgiram com papéis fundamentais, mas por muito tempo ficaram despercebidos e sem valorização, assim, o Profuncionário vem mostrar que todos os funcionários da escola são também educadores e muito contribuem no processo de ensino aprendizagem dos educandos.

A secretaria escolar tem como uma de suas tarefas o registro de toda documentação da vida escolar do aluno e da própria escola. Pensando nisso, o projeto de criação do Blog teve como objetivo levar a comunidade escolar um pouco do contexto histórico das escolas, mostrando o quanto é importante o trabalho de cuidado e arquivamento dessa documentação, sendo que esse é um dos muitos trabalhos desenvolvidos dentro de uma secretaria escolar.

Educação não transforma o mundo.

Educação muda as pessoas.

Pessoas mudam o mundo.

Paulo Freire

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Escola Estadual MYHYINYMYKYTA SKIRIPI (Escola Indígena)

HISTORIA DO POVO RIKBAKTSA

1.1  QUEM SOMOS

A palavra Rikbaktsa significa Gente Guerreira.
Nós Rikbaktsa, nos encontramos estabelecidos na região Noroeste de Mato Grosso. Nosso povo tem sofrido ao longo da história muitos danos causados pelas invasões socioculturais, violências e perdas significativas de território.                                                       
Antigamente, usávamos somente a canoa de casca da madeira cajueiro, servia para a travessia de rios, transporte, caça e pesca.
Após o contato com os não-índios, por nome seringueiros, que trabalhavam na extração da borracha nativa, ao avistarem os Rikbaktsa atravessando o rio de canoa, resolveram chamar o povo de canoeiro.
Antes do contato com o missionário Jesuíta Padre João Evangelista Donstauder, na década de 40, nós Rikbaktsa, éramos aproximadamente 5000 pessoas.
Percorríamos as longas distâncias pelos rios: Aripuanã, Arinos, Sangue, Juruena e Papagaio. E também caminhávamos a pé pelas trilhas até a altura das cabeceiras dos córregos.
Na década de 50 começou o conflito com os colonizadores que habitavam as margens dos rios, que eram os seringueiros. Com isso, chegaram as consequências de algumas doenças trazidas por eles, pois iam à cidade e quando retornavam traziam doenças como: gripe, catapora, sarampo, tuberculose e malária causando epidemias violentas, dizimando o nosso povo para 200 pessoas.
Nessa época, algumas crianças Rikbaktsa perderam os pais e foram levadas para o internato de Utiariti onde foram obrigados a conviver entre várias etnias e seguir a cultura dos brancos.
Atualmente, nós Rikbaktsa vivemos em três áreas indígenas demarcadas e homologadas ao longo do rio Juruena, afluente do rio Tapajós, ao Noroeste do Estado de Mato Grosso.
A primeira área a ser reconhecida demarcada e homologada foi a Erikpatsa, com decreto de nº 398, de 24 de dezembro de 1991, entre os rios do Sangue e Juruena. E a segunda área foi a do Japuíra, com decreto de nº 386, de 24 de dezembro 1991, localiza-se entre os rios Arinos e Juruena. A terceira e última área é a Escondido com decreto de nº 0-001 de 08 de setembro de 1998, e encontra-se à margem esquerda do baixo Juruena.
            Hoje encontra-se uma população de aproximadamente 1500 pessoas. O povo Rikbaktsa mantém uma política de preservação do meio ambiente, e não pratica a venda de madeira e o desmatamento desnecessário.
                                                                                              (Autor desconhecido)

4 - HISTÓRIA DA ESCOLA

Antes do contato, não existia escola de alfabetização para o povo RIKBAKTSA.No centro da aldeia tinha uma casa que se chamava MYKYRY, onde os meninos e os rapazes aprendiam a educação tradicional com o pai e os anciões de aldeia.
Após o contato com os não índiosa maioria das crianças Rikbaktsa que tiveram seus pais mortos por doenças ou nadefesa do nosso território foram levadas para o internato de Utiariti por missionários jesuítas.Passando o tempo as coisas tornaram-se difíceis e o internato fechou por falta de recursos e os Rikbaktsa voltaram para seu povo na área indígena. Na década de 60 foi fundada a escola Santo Inácio na aldeia Barranco Vermelho, sendo seu primeiro professor o missionário jesuíta irmão Afonso.
Hoje são 08 escolas sendo que o Ensino Fundamentalé mantido pelo município de Brasnorte e o Ensino Médio mantido pelo Estado,distribuídas nas aldeias Barranco Vermelho, Primavera, Curva, Segunda, Beira Rio, Nova e Pedra Bonita nessas mesmas aldeias estão também as turmas anexa da escola estadual  MYHYINYMYKYTA SKIRIPI. A partir de 2015 essa escola passou a ser atendida pela Assessoria Pedagógica de Juina, por ser condizente com a realidade que esta inserida.
Em 24/04/2007 pelo decreto nº 198 foi Criada a Escola Estadual “MyhyinymykytaSkiripi”, com sedena Aldeia Barranco Vermelho, no Município de Brasnorte/MT. Hoje a escola atende 18 turmas distribuídas em 8 aldeias atendendo as modalidade de Ensino Médio regular, ensino médio integrado de EDUCAÇÃO profissionalizante (EMIEP), com um total de 142  alunos, sendo que desse total de turma só 4 funcionam na sede, Aldeia Barranco Vermelho sendo três turmas de ensino médio regular, e uma do ensino médio integrado de EDUCAÇÃO profissionalizante (EMIEP)  com 23 alunos as outras 14 Turmas são salas anexas, pertencente a Escola Estadual Indígena de Educação Básica “MyhyinymykytaSkiripi distribuídos em sete aldeias cada um com sua distâncias de quilometragem. Diante disso expomos as distâncias que temos que percorrer:

Brasnorte x Aldeia Barranco Vermelho 130 km. (sede)
Juinax  Barranco Vermelho 90 km.

Barranco Vermelho x Aldeia Primavera 12 km.
Barranco Vermelho x Aldeia Curva 15 km.     
Barranco Vermelho x Aldeia Segunda 19 km.
Barranco Vermelho x Aldeia Beira Rio 23 km.
Barranco Vermelho x Aldeia Nova 48 km.
Barranco Vermelho x Aldeia Pedra Bonita 54 km.
Barranco Vermelho x Aldeia Escolinha 18 km.( Fica no outro lado da área no rio do Sangue).

POR QUE A ESCOLA É NECESSARIA PARA O POVO?

5.1 CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS DO TRABALHO PEDAGÓGICO PARA O POVO RIKBAKTSA

A Escola Estadual Indígena MyhyinymykyaSkiripi, preserva as características tradicionais no trabalho pedagógico, dando ênfase à cultura do povo Rikbaktsa como pinturas corporais, danças, rituais, e sobre tudo à educação tradicional repassada de pais para filhos. Fomenta também a formação de lideranças instruídas e conhecedoras dos saberes não indígenas sistematizados. A preparação para o mercado de trabalho também é função da escola, porém, sob o olhar Rikbaktsa, cada indivíduo depois de formado, tem o dever com seu povo de investir o conhecimento dentro das aldeias para a melhoria da vida das comunidades. Ajudar na defesa da área, inclusive no que se refere a preservação dos recursos naturais, fortalecer a organização social, preservação e fortalecimento dos costumes tradicionais, conhecer o mundo fora da aldeia “não indígena”, como forma de reconhecimento dos seus direitos legais, bem como capacitá-los a interpretar os vários documentos e legislações pertinentes.





























































terça-feira, 6 de setembro de 2016

RESGATE HISTÓRICO CEJA ALTERNATIVO


Desde o início de 1980 a Educação para Jovens e Adultos busca atender as necessidades da comunidade juinense.
O Ensino supletivo funcionou vinculado a Escola Estadual de 1º e 2º Graus Dr. Guilherme Freitas de Abreu Lima até o ano de 1987, atendendo as seguintes modalidades:

· Em 1980 iniciou-se com a implantação do Curso de 1º Grau: Projeto Minerva - Curso de Preparação para Exames de Educação Geral.

· Projetos Logos II, (qualificação para o Magistério) - implantado em 1980. Veio para atender os professores que atuavam no magistério sem habilitação específica, sendo extinto em 1992. Com este Projeto foram atendidos, além de Juína, os municípios de Castanheira, Brasnorte, Juruena e Cotriguaçu.

· Em 1981 – implantação do Curso de preparação para Exames de Educação Geral - SPG e SSG, cursos de 1º e 2º Graus com exames fora do Processo: Exames Especiais permanecendo até meados de 1985. No segundo semestre do mesmo ano passou a ser com avaliação no processo até 1987.

· De 1982 a 1987 foi implantado o Programa de Educação Integrada (PEI) – de 1ª a 4ª séries do 1º Grau e o Programa de Alfabetização Funcional (PAF). O Projeto Integração teve início no ano de 1981 e atendeu até 1984.

· Neste mesmo ano foi implantado o curso de Suplência de 1º Grau (Projeto Modular I) que veio de encontro ao anseio dos jovens e adultos residentes na zona rural e atendeu até março de 1993.

· Em 1986 foi criado o NES – Núcleo de Estudos Supletivos - em Juína, desvinculando da Escola Estadual de I e II Graus Dr. Guilherme Freitas de Abreu Lima, ficando vinculado ao Centro de Estudos Supletivos em Cuiabá.

· Em 1988 foi implantado o Programa de Educação Básica, cursos de 1ª a 4ª séries.

· A criação do NEP (Núcleo de Educação Permanente) deu maior autonomia para atendimento de sua clientela. Após vários encontros e muitas discussões sobre uma proposta de criação de estrutura própria reuniu-se em dezembro de 1987, em Chapada dos Guimarães, as equipes da SEC, CES e os NES do Estado de Mato Grosso, para consolidar a criação dos NEPs e estruturarem as diretrizes para as modalidades do Ensino de Suplência. Assim foi criado o Núcleo de Educação Permanente (NEP). Em sua nova estrutura continuou atendendo aos cursos em funcionamento como projeto Modular 1º e 2º Graus, PEB e Logos II. Projeto Modular I equivalente ao 1º grau e o Modular II equivalente ao 2º grau, não profissionalizante.






O NES e o NEP (Núcleo e Educação Permanente) contava com quadro de professores por área do conhecimento para atendimento individual aos cursistas.
Foi criada unidade escolar em 1992 com a seguinte denominação: Escola Estadual de Suplência de I e II Graus Alternativa.











































·                     Em 2008 Recebeu o nome de Centro de Educação de Jovens e Adultos Alternativo, tendo como amparo legal de criação o Decreto Governamental nº 1123, publicado em Diário Oficial em 28 de janeiro de 2008.


 
·         A estrutura implantada a partir de 2008 é a seguinte:
Curso Presencial por Área do Conhecimento: o educando faz três áreas para concluir a fase. Cada área do conhecimento está composta pelos componentes curriculares afins. O aluno efetuará matrícula por área de conhecimento, a partir do 2º segmento do ensino fundamental.
O CEJA tem uma equipe organizada que promove o plano de apoio pedagógico(plantão) escolar auxiliando os estudantes em suas dificuldades e também estão preparados para regularizar a situação de alunos que chegam e saem da EJA.
Mesmo com todo o esforço da equipe gestora e professores, que adotam metodologias diversificadas, especialmente projetos significativos, o alto índice de evasão escolar é o mais grave problema. 
No ano de 2014 foi aprovado o curso Profuncionário na modalidade presencial sendo liberado para todos os funcionários concursados e contratados na área  da Educação das esferas  Estadual e Municipal sendo um marco histórico com o primeiro curso do Profuncionário presencial.